3 pontos para contratar um bom profissional

“Ter uma visão extraordinária de negócio sem ter gente extraordinária é irrelevante”.

Jim Collins

Isso significa que as pessoas são fundamentais para o sucesso de qualquer negócio.

Mas, claro, é preciso que sejam as pessoas certas nos lugares certos.

E como escolher as pessoas certas?

Para te ajudar a responder essa pergunta, levantamos os 3 pontos fundamentais para contratar bons profissionais! Continue a leitura e aprimore seu processo de contratação!

Trace o perfil da vaga e do candidato ideal

Esse é o primeiro ponto para contratar um bom profissional.

Para facilitar o entendimento, vamos dividi-lo em três etapas diferentes:

Trace o perfil da vaga

O primeiro passo para contratar um bom profissional é saber exatamente o que se espera dele. Isso só é possível com um desenho minucioso do perfil da vaga.

Assim, é preciso, primeiramente, levantar as necessidades do setor que quer fazer a contratação e analisar como o novo colaborador poderá ajudar.

Para isso, é preciso levar em conta a missão e os valores da empresa e quais são as habilidades interpessoais que uma pessoa precisa ter para se ajustar à cultura organizacional e ao dia a dia de trabalho na empresa e, mais especificamente, no setor em que irá atuar.

É preciso, também, identificar quais são os conhecimentos, habilidades, atitudes e competências técnicas fundamentais para o preenchimento da vaga, o que engloba formação acadêmica e experiências anteriores, por exemplo.

Além disso, é preciso definir com clareza quais serão as funções que o novo profissional irá executar no dia a dia, bem como quais são os principais desafios com os quais ele poderá se deparar.

Trace o perfil do colaborador ideal

Após a definição da vaga propriamente dita, é preciso definir também o perfil do colaborador ideal para preenchê-la.

Para definir esse perfil, é preciso pensar em como seria alguém que tivesse todas as hard e soft skills desejáveis para o cargo, pensando inclusive na facilidade de se encaixar na cultura e rotina da organização.

Isso contribui tanto para a elaboração de campanhas para atingir os talentos certos, quanto facilita o processo de seleção para o RH.

Escreva a descrição da vaga

Após definidos os perfis da vaga e do colaborador ideal, é preciso escrever a descrição da vaga, aquela mensagem que chegará aos talentos com a missão de atrai-los para a oportunidade.

Considerando que a maioria das pessoas utiliza a internet para encontrar novos empregos – segundo uma pesquisa do Pew Research Center, 80% dos profissionais encontraram seus empregos mais recentes assim – é preciso que a sua vaga também esteja online.

Assim, a escrita deve ser direta, comunicando-se de forma pessoal, clara e objetiva com os talentos. Use e abuse da empatia e criatividade para chamar atenção e criar conexão!

É preciso explicar, também, por que a sua empresa é um ótimo lugar para se trabalhar.

Fale um pouco da cultura, do ambiente de trabalho… enfim, do DNA da empresa! Mas não se alongue muito na descrição, você pode fazer um resumo e convidar o candidato a saber mais sobre o dia a dia institucional visitando suas redes sociais.

Descreva quais serão os benefícios oferecidos ao profissional e, se possível, peça para que, junto com o currículo, o talento informe também a sua pretensão salarial.

Procure conhecer as habilidades interpessoais

Um ponto fundamental a ser observado para contratar um bom profissional é a sua habilidade de relacionamento interpessoal.

Podemos considerar que isso chega a ser até mais importante do que as habilidades técnicas. Afinal, é mais fácil para a empresa oferecer treinamento, mentoria e capacitação técnica, do que mudar características comportamentais.

Um bom relacionamento interpessoal é essencial para o trabalho em equipe que, por sua vez, é mandatório para um clima organizacional saudável e positivo, para o bom andamento das atividades e, consequentemente, para o sucesso da organização.

Para tentar conhecer as habilidades interpessoais dos candidatos, o RH pode apostar em dinâmicas de grupo, testes comportamentais, entrevistas, entre outros procedimentos.

Prepare-se para fazer uma ótima entrevista

A entrevista é crucial para a contratação de um bom profissional, porque é neste momento que aspectos comportamentais vem à tona e, mesmo sendo sutis, são extremamente importantes.

É durante a entrevista que o RH consegue perceber como é a postura do candidato, o que sua linguagem corporal transmite, qual o seu nível de extroversão, a qualidade da sua comunicação, entre vários outros detalhes que fazem toda a diferença no dia a dia.

Além disso, é neste momento também que os recrutadores podem aproveitar para conhecer mais a fundo o perfil técnico e as experiências do profissional, extraindo informações mais precisas e aprofundadas do que aquelas expostas no currículo.

Por falar em currículo, o recrutador deve reservar um tempo para analisá-lo antes da entrevista, a fim de evitar fazer perguntas que soem como repetitivas e de aproveitar ao máximo a oportunidade de conhecer bem o candidato.

Roteiro de entrevista

Além da leitura prévia dos currículos, o recrutador também deve ter um roteiro muito bem estruturado para conduzir a entrevista, não de forma robótica, é claro, mas de forma a conseguir extrair do candidato as informações mais relevantes para a organização, fazendo as perguntas certas.

Uma boa prática para se iniciar uma entrevista é quebrando o gelo, pois isso ajuda a diminuir o nervosismo que alguns profissionais podem estar sentindo no momento.

Assim, contar alguma história sua relacionada à empresa, algum erro cometido, ou até mesmo alguma piada ajuda a humanizar a sua imagem, a reduzir a pressão e a criar conexão entre entrevistado e entrevistador.

Após essa abertura, é hora da apresentação. Apresente a empresa, a missão, os diferenciais, os benefícios. Fale também sobre a vaga e sobre o que se espera do candidato.

Então, faça as perguntas certas para o profissional. Uma boa tática é começar perguntando sobre o seu conhecimento técnico, por exemplo, se ele está acostumado com algum sistema específico ou determinada metodologia de trabalho.

Depois, faça alguns questionamentos que ajudem a conhecer melhor o profissional e as experiências pelas quais ele passou, perguntando, por exemplo, se já precisou lidar com prazos curtos e o que esperaria de um emprego ideal.

É importante que a entrevista seja solta, fluída, que o entrevistado se sinta à vontade e tenha espaço para falar – inclusive, o ideal é que ele fale a maior parte do tempo.

Perguntas para evitar

Para que as respostas do candidato sejam realmente úteis para o processo de seleção, é preciso que as perguntas feitas sejam as mais acertadas possíveis.

É importante ter em mente que alguns questionamentos podem extrapolar o limite entre pessoal e profissional, ou podem simplesmente não ter serventia.

É o caso, por exemplo, de perguntas sobre religião, sobre planos de ter filhos, ou sobre qualquer outro assunto íntimo o suficiente para deixar o candidato constrangido ou pensando em formas de “editar” a resposta.

Além disso, perguntas como “fale mais sobre você” podem ser extremamente genéricas e não trazer nenhuma informação relevante relacionada à vaga em questão.

Outro exemplo é pedir, por exemplo, para que o entrevistado relate seus pontos fortes e fracos. Isso pode levar a respostas quase que “ensaiadas”, que não condizem com a verdade ou que acabem sendo similares em todas as entrevistas, ou seja, que não vão contribuir para a tomada de decisão.

Lembre-se de ser honesto com o candidato e de dar um retorno sobre a sua situação.

Levar em conta esses 3 pontos fundamentais para contratar um bom profissional vai ajudar a sua empresa a selecionar os talentos certos, engajados com a missão, envolvidos com a cultura e dispostos a ajudar a elevar a produtividade e os resultados da organização.