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Os indicadores do clima organizacional ajudam a revelar o nível de satisfação dos colaboradores. Com isso, as empresas têm embasamento para realizar ações mais efetivas, buscando aumentar o engajamento da equipe, fortalecer a marca empregadora e alavancar a produtividade.

Continue a leitura deste texto e entenda a importância de um bom clima organizacional, além de conhecer 11 indicadores essenciais para mensurá-lo, sobre os quais RH e gestores precisam estar sempre atentos.

Clima organizacional é a percepção que os colaboradores têm a respeito da empresa, é a forma como eles enxergam e sentem tanto o ambiente de trabalho no dia a dia, quanto as atitudes tomadas pela empresa.

É como se fosse um retrato de como as coisas estão naquele momento. Isso significa que o clima organizacional é mutável e que, para ser positivo, precisa ser cultivado todos os dias. Pode ser entendido como a união entre as expectativas dos colaboradores em relação à empresa e as práticas realizadas pela organização.

Por que o clima organizacional é importante?
O clima organizacional está diretamente relacionado à satisfação que os colaboradores têm em trabalhar, o que acaba impactando sua motivação, engajamento, disposição em ajudar a empresa a crescer, vontade de contribuir com novas ideias e soluções, além, é claro, de potencializar a produtividade e aumentar a qualidade das entregas. Claro que contar com uma equipe com esse nível de satisfação ajuda a empresa a se destacar em relação aos concorrentes e aumentar a sua vantagem competitiva. Afinal, cada vez mais o mercado está interessado em empresas que prezam pela saúde e bem-estar dos colaboradores, criando um ambiente de trabalho positivo e sustentável.

Em muitos casos, o melhor marketing a ser realizado é justamente o marketing dos colaboradores, que espalham em diferentes meios a alegria e satisfação que sentem por fazer parte de uma determinada empresa. O setor de Recursos Humanos é um dos principais responsáveis por gerir o clima organizacional, mas essa responsabilidade pode ser compartilhada com os gestores que atuam de forma mais direta com os profissionais. Para fazer a gestão do clima organizacional da forma mais assertiva possível, o RH precisa acompanhar alguns indicadores, dentre os quais se destacam os que vamos abordar no próximo tópico.

Principais indicadores para medir o clima organizacional
Acompanhar os indicadores do clima organizacional é uma excelente forma de conhecer a percepção dos colaboradores a respeito da organização e, assim, adotar medidas mais acertadas para aumentar a satisfação dos mesmos, no timing correto, ou seja, evitando que situações desgostosas se acumulem ou tomem proporções maiores.

Separamos abaixo os principais indicadores para auxiliar os gestores de RH a mensurarem e cultivarem um bom clima organizacional.

1. Turnover: Turnover nada mais é do que a rotatividade de colaboradores em uma organização. Um índice muito alto de turnover traz vários prejuízos para a empresa, tanto financeiros, relacionados aos gastos com processos de demissão, contratação e treinamento; quanto de produtividade, pois a equipe fica desfalcada esperando o novo integrante, que, depois de admitido, ainda precisará de um tempo até se acostumar aos afazeres e ter boa performance. Um clima organizacional saudável e positivo pode ajudar a diminuir a taxa de rotatividade, contribuindo, inclusive, para a redução de custos. A empresa precisa ficar atenta aos pedidos de demissão dos colaboradores e solucionar os problemas apontados por eles, justamente para tentar reduzir esse índice. Entre os principais motivos geradores de turnover estão a falta de desafios e oportunidades de crescimento na empresa, má gestão ou, ainda, conflitos com gestores ou colegas.

2. Absenteísmo: O indicador de absenteísmo busca mensurar as faltas e atrasos do colaborador. Quando esse índice é elevado, pode significar que o profissional está passando por algum problema pessoal ou que está descontente com o seu trabalho ou com a empresa em si. Essa é uma das questões que pode prejudicar diretamente os resultados organizacionais, pois as faltas dos colaboradores acabam interferindo nas entregas da equipe, o que pode resultar em entregas atrasadas e redução de produtividade, além de acabar sobrecarregando os profissionais que estão presentes. Uma forma de resolver ou ao menos amenizar esse problema é pedindo feedback aos colaboradores, a fim de conhecer o motivo do seu desânimo ou insatisfação. Ao conhecer o problema, fica mais fácil criar estratégias para solucioná-lo, contribuindo, assim, para o bem-estar do profissional e, consequentemente, para todo o clima organizacional.

3. Produtividade: Se o nível de produtividade de uma equipe é acompanhado, fica possível perceber possíveis oscilações. Com isso, os gestores têm mais chances de identificar o que pode estar desfavorecendo a performance dos seus liderados e atuar rapidamente para solucionar essas questões. É comum que quedas de produtividade tenham relação com conflitos disfuncionais no ambiente de trabalho, seja com gestores ou colegas, ou mesmo com algum desconforto ou insatisfação de forma geral. 

4. Ambiente de trabalho: Um ambiente de trabalho saudável e funcional é fundamental para o clima organizacional e para a produtividade dos colaboradores. Isso diz respeito tanto ao “clima” em si, pois um ambiente tóxico é extremamente disfuncional e improdutivo, quanto a aspectos físicos. Os profissionais precisam ter acesso a todas as ferramentas necessárias para realizarem o seu trabalho de modo satisfatório, e o ambiente e instalações devem ser limpos, seguros, iluminados, enfim, devem oferecer condições adequadas de trabalho.

5. Relacionamento intra e entre equipes: O relacionamento interpessoal é um fator determinante para o clima organizacional. Ambientes tóxicos e altamente competitivos são extremamente disfuncionais e prejudicam tanto a saúde mental dos profissionais quanto a produtividade da organização. Por isso, é fundamental criar estratégias para assegurar um bom relacionamento interpessoal tanto dentro das equipes quanto entre setores, criando um clima saudável e de cooperação.

6. Relacionamento com gestores: Já é bem conhecido o conceito de que, em muitos casos, os profissionais se demitem dos seus gestores, e não da empresa. Hoje em dia dificilmente as pessoas estarão dispostas a se submeter por muito tempo a uma liderança autoritária e talvez até agressiva. O relacionamento entre líder e liderado deve ser pautado no respeito e precisa funcionar como uma via de mão dupla, em que as duas partes precisam ter liberdade para expor seus pontos de vista e ideias, sem sofrer retaliações.

7. Qualidade da comunicação interna: A comunicação interna precisa ser clara e assertiva, principalmente para evitar ruídos na comunicação com os colaboradores. Quando a comunicação interna é eficiente, além de todos estarem alinhados e caminharem na mesma direção, diminuem-se os “zumbidos”, os “disse me disse”, o que, é claro, evita muito conflito desnecessário e contribui para um clima organizacional positivo.

8. Qualidade de vida no trabalho: É no trabalho que as pessoas passam a maior parte dos seus dias. Por isso, a qualidade de vida deve ser buscada inclusive durante o expediente. Além disso, a sociedade está cada vez mais vendo como responsabilidade da empresa os cuidados referentes à prevenção de burnout e outros problemas de saúde mental. Em outras palavras, a empresa precisa criar uma atmosfera psicológica e condições físicas favoráveis para que o colaborador tenha uma excelente qualidade de vida durante o seu trabalho. Isso envolve cuidados com a mente e com o corpo. Aqui estão incluídos desde cuidados que vão além do escritório, como benefícios voltados à terapia, meditação, academia, etc., quanto ao cuidado interno, como estações de trabalho ergonômicas e um clima leve e saudável.

9. Desenvolvimento profissional e evolução na carreira: A falta de perspectiva de crescimento na carreira é um dos grandes motivos pelos quais os talentos deixam as empresas. Profissionais que não têm a visibilidade de novas promoções, de novos desafios, de aumento de salário e nenhuma oportunidade de evolução na carreira, por vezes podem se demonstrar menos interessados e motivados a realizarem as suas atividades. Busque sempre oferecer aos seus colaboradores a chance de vencer desafios, enfrentar o novo, resolver problemas e avaliar as suas atividades e performance. Isso pode ser feito com a realização constante de ações de treinamento e desenvolvimento, além de um plano de carreira bem desenhado e transparente.

10. Imagem institucional: A imagem institucional diz respeito ao modo como as pessoas veem a empresa. Muito dessa visão está relacionada a como a sociedade percebe o tratamento dado aos colaboradores, afinal, os consumidores estão cada vez mais procurando por produtos e serviços vindos de empresas conscientes e sustentáveis. Além disso, profissionais satisfeitos com o local de trabalho se tornam verdadeiros propagadores da marca, o que contribui ainda mais para a imagem institucional. Podemos concluir, então, que cuidar dos colaboradores é cuidar da imagem institucional.

11. Reclamações trabalhistas: Reclamações trabalhistas podem indicar falhas da empresa em relação ao cuidado com seus colaboradores. Elas podem ser originadas por condições como ambiente de trabalho inadequado, falhas na gestão ou no cumprimento da legislação trabalhista, além do clima organizacional em si. Por isso, a empresa deve ficar atenta a essas reclamações e buscar alternativas para solucionar os problemas o mais rápido possível. Cuidar do clima organizacional é cuidar dos seus colaboradores. Cuidar dos seus colaboradores é o mesmo que cuidar da performance e dos resultados da sua empresa.


Esperamos que esse texto ajude você a criar e manter um clima cada vez mais saudável e produtivo e, assim, alçar voos cada vez maiores, com profissionais felizes e satisfeitos! 

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